domingo, 8 de maio de 2011
A escrita é a pintura da voz...
Já li tantos textos, tantos versos, tantas prosas… Entretanto, confesso que foram poucos escritos que realmente me tocaram o coração. Isso se deve ao fato de algumas pessoas, mal-aventuradas, não saberem usar de forma pensada o poder da palavra; escrevem apenas por escrever, uma vez que, com suas juras ou desjuras podem mudar toda uma vida. Conforme cresci, amadureci não só o corpo, mas também a alma. Minhas ideias já não são mais as mesmas de dois, três anos atrás, assim como não serão as mesmas de amanhã ou depois. Consequentemente, de tempo em tempo, utilizei os meus textos com diferentes intuitos: ora para alegrar alguém, ora para consolar um amigo que chorava, outrora simplesmente para expressar o que eu pensava ou sentia naquele momento de forma tão avassaladora que já não cabia mais dentro de mim. E quem é que nunca quis arrancar do peito um sentimento enquanto o transcrevia para o papel? Ah! Tantas vezes tive essa vontade! Se obtive resultado em alguma tentativa? Depende do ponto de vista. O que posso dizer com certeza é que conforme escrevo, aprendo; se existe algo escondido dentro de mim, quando jogo as palavras ao mundo, esse “algo” já não existe mais. É por esses e outros motivos que eu acredito que escrever é a forma mais simples (e por que não sincera?) de conversar consigo mesmo. Logo, concluo que a beleza do que se lê não está na coerência ou criatividade, mas sim no sentimento que ali fora colocado, é ele que dá vida ao papel!
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